Vamos falar sobre Lionel Messi?
Ninguém aqui discorda que é um dos melhores jogadores da história, né?! Um monstro.
Então, como explicar a quantidade de críticas que ele sofre por nunca ter sido vencedor com a Argentina?
Nestes dias de Copa América, percebo Messi sendo tratado com a grandeza que merece, porém sempre com desconfianças, como se um novo fracasso hermano estivesse para acontecer a qualquer momento.
Você já percebeu o acúmulo de insucessos da Argentina? Os nossos vizinhos não erguem uma taça desde 1993. Nessa época, o Brasil sequer era tetra.
O que acontece quando alguém não passa em várias tentativas de concurso? A pressão aumenta, a autoestima diminui e, quando não se está emocionalmente preparado, fica a falsa ideia de que “não é pra mim”, “nunca vou conseguir”, “vai ser sempre assim”, ou seja, um trágico bloqueio.
Messi tem a responsabilidade de resolver praticamente sozinho ao anseio de décadas de um país. Com a Argentina, ele joga como se sempre precisasse provar algo. Diferente de lá no Barcelona, onde não tem essa carga e, por isso, tantas vezes foi eleito melhor do mundo.
Tudo isso não tem nada a ver com capacidade. Como eu disse no começo, talento e competência nós sabemos que ele tem. O que as pessoas costumam esquecer é que Messi é humano. Embora faça jogadas de outro planeta, é humano.
Assisti a uma entrevista em que ele mesmo disse que se a Argentina tivesse vencido a Copa 2014 aqui no Brasil (e foi por pouco, lembrem-se que só perdeu com gol da Alemanha na prorrogação), teria vencido outras taças que disputou de lá para cá.
É bem possível que sim mesmo. Afinal, as cobranças praticamente sumiriam e a autoconfiança só decolaria. Passariam a jogar por música.
E isso vale para todos os jogadores argentinos e para você, que se prepara para as provas.
Lembre-se: por mais capaz que você seja, esteja atento para não carregar “um país” nas costas.